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Maior parte dos lares não tem nutricionistas

Maior parte dos lares não tem nutricionistas
22 de Fevereiro de 2017

Alexandra Bento, bastonária dos nutricionistas, fala sobre a necessidade de se criar uma estratégia para a nutrição dos idosos.


O estudo PEN-3S: Estado nutricional dos idosos portugueses mostra que há uma percentagem mais elevada de desnutrição ou risco da mesma nos idosos que vivem em lares. É preciso criar uma estratégia de intervenção?

Independente do facto de serem mais velhos e dependentes nos lares, temos de olhar para isto como uma realidade. Teremos de desencadear estratégias para os lares. A maior parte dos lares pertence a instituições de solidariedade social e a maior parte não tem nutricionistas. Era importante que tivessem. O estado nutricional não se resolve apenas com a definição de uma ementa.


Que mais deve ser feito?

É preciso um diagnóstico precoce e uma intervenção que exige um nutricionista. Sabemos que a alimentação influencia muito o estado de saúde. Nos idosos institucionalizados a refeição cumpre dois requisitos: o da saúde e o do bem-estar, do momento em que estão juntos em convívio. É preciso que se dê atenção.


Também nos centros de saúde é importante esta oferta?

O ministério disse que queria arrancar com um projeto. Há a promessa de 55 vagas. Existem 100 centros de saúde que oferecem nutricionista, o que é manifestamente insuficiente. Se o nosso país quiser apostar na saúde tem de prevenir e por isso os nutricionistas são fundamentais. Temos aumentado muito os anos de vida, mas não vida com qualidade. A nutrição é o ponto que está a falhar. Os anos de vida saudáveis estão a reduzir por maus hábitos alimentares, excesso de peso e tabagismo. Temos de apostar forte nas crianças através das escolas e nos idosos com intervenções nos lares. 


Há algum conselho sobre o que devem comer os idosos?

O que importa saber é se esses idosos têm algum tipo de doença nomeadamente relacionada com a alimentação como diabetes ou problemas de mastigação. Dentro do grupo dos idosos há uma grande heterogeneidade. O que importa é um plano desenhado à medida de cada um. Essa é a grande nota. 


FONTE: Diário de Notícias, 22 de fevereiro de 2017