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Há falta de nutricionistas no Alentejo

Há falta de nutricionistas no Alentejo
12 de Junho de 2018

Num momento em que se encontra de visita pelo Alentejo, para fazer um circuito pelas IPSS e lares de idosos do Sistema Nacional de Saúde, a bastonária da Ordem dos Nutricionistas diz que há "boas práticas dos nutricionistas".


A bastonária da Ordem dos Nutricionistas, Alexandra Bento, diz que há falta de profissionais da área nas instituições de solidariedade social no Alentejo.


"O Alentejo é a zona do país onde há um maior índice de envelhecimento da nossa população. Não nos podemos esquecer de que, para 100 jovens, há cerca de 190 pessoas idosas", lembrou a bastonária, que visita a região no sentido de avaliar e aconselhar quanto às práticas alimentares nas instituições do Sistema Nacional de Saúde que recebem idosos.


Alexandra Bento não duvida de que vai encontrar "por um lado, boas práticas dos nutricionistas, mas, por outro lado, escassez de nutricionistas, não só nos hospitais e centros de saúde, mas também nas instituições particulares de solidariedade social".


A bastonária lembra, ainda, que "há uma recomendação recente da Assembleia da República para que as instituições particulares de solidariedade social tenham nutricionistas, até porque uma proporção da população idosa que não pode ser deprezada está em risco nutricional e, por outro lado, uma percentagem que também não deve ser ignorada - cerca de 40% - tem peso a mais". Alexandra Bento está preocupada com os 15% em risco de desnutrição, mas também com a fração de idosos que sofre de obesidade e com os 25% que estão diagnosticados com diabetes. 



Alexandra Bento socorre-se ainda de estudos nacionais para relembrar que os idosos institucionalizados gozam de um estado de saúde mais debilitado do que os restantes. "Tem de haver equipas de proximidade que atendam às necessidades dos idosos, quer estejam eles nos lares, ou nos hospitais, ou no domicílio."


Uma das maiores preocupações de Alexandra Bento passa pela falta de nutricionistas em muitas das instituições que acolhem idosos por todo o país. "Não podemos esconder mais a situação. A própria Assembleia República já veio alertar o Governo sobre isto como uma medida de extrema importância para reverter hábitos alimentares destas pessoas", concluiu.



Fonte: Renascença, 11 de junho de 2018