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O que são, afinal, alimentos geneticamente modificados?

O que são, afinal, alimentos geneticamente modificados?
14 de Fevereiro de 2019

A bastonária da Ordem dos Nutricionistas defende que os consumidores devem saber o que consomem, mas sem alarmismos. No dia em que o Parlamento discute regras mais apertadas na rotulagem dos alimentos geneticamente modificados, Alexandra Bento explica o que são estes organismos.


"Os organismos geneticamente modificados são aqueles que sofrem alteração no seu material genético. Muitas vezes são chamados de transgénicos. O que acontece é que há introdução de um ou mais genes, uma alteração que acaba por ser do conjunto do seu material genético. Ora, os alimentos geneticamente modificados acabam por ser aqueles que são produzidos recorrendo a estes mesmos organismos geneticamente modificados."


Dos produtos geneticamente modificados presentes no mercado estão essencialmente óleos alimentares e algum tipo de bolachas - produtos com soja e milho. A bastonária dos nutricionistas lembra que já há legislação europeia sobre estes alimentos, mas só a partir de um limite.


"O que acontece é que na rotulagem nutricional nós temos informação de que, porventura, aquele produto alimentar pode conter organismos geneticamente modificados se a proporção for superior a 0,9% dos ingredientes, ou seja, é uma fração pequena da totalidade dos ingredientes para poder ter no seu rótulo esta informação."


As propostas do PAN e do PEV preveem que, independentemente da percentagem de organismo geneticamente modificado, essa informação apareça no rótulo. Os partidos querem também que os restaurantes informem os consumidores se utilizam esses produtos.


A bastonária concorda com estas propostas. Para Alexandra Bento é uma questão de direito à informação, mas sem alarmismos.


"Parece-me que é muito oportuno termos mais informação para que os consumidores possam fazer escolhas mais informadas. Porém, não podemos deixar de lembrar que, muitas vezes, intensificarmos estas discussões pode, de alguma maneira, trazer uma imagem mais pesada e mais negativa para alimentos que anteriormente até eram escolhidos pelos consumidores e dar alguma perceção negativa em relação aos potenciais prejuízos para a saúde que podem nem existir."


A bastonária lembra que os produtos geneticamente modificados que estão neste momento no mercado foram sujeitos a testes para garantir a segurança alimentar.



Fonte: TSF, online, 14 de fevereiro de 2019