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Ordem dos Nutricionistas pede mais verbas para prevenção no próximo Orçamento de Estado

Ordem dos Nutricionistas pede mais verbas para prevenção no próximo Orçamento de Estado
16 de Outubro de 2019

A Ordem dos Nutricionistas alertou hoje o Governo para a urgência de aumentar a verba para a prevenção no próximo Orçamento do Estado, lembrando que Portugal é dos países europeus com maior número de anos de vida saudáveis perdidos.


Aproveitando o Dia Mundial da Alimentação, que se assinala na terça-feira, a Ordem dos Nutricionistas (ON) alerta em comunicado para a necessidade de aumentar a verba alocada a medidas preventivas, sublinhando que atualmente apenas 1% do orçamento da saúde é dedicado à prevenção, estando abaixo da média da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Económico (OCDE).


Para a melhoria dos hábitos alimentares dos portugueses, a bastonária da Ordem dos Nutricionistas, Alexandra Bento, vai enviar durante este mês uma carta a todos os partidos elencando medidas específicas que podem ser acionadas durante a próxima legislatura.


Portugal é dos países europeus com maior número de anos de vida saudáveis perdidos, o que se justifica por um em cada 10 portugueses ter diabetes, um em cada três ter hipertensão, e por um em cada dois portugueses ter obesidade ou excesso de peso, sublinha o comunicado.


“São dados alarmantes, morremos pela forma como estamos a comer. Temos um viver com pouca saúde nos últimos anos de vida. Estamos a falar do futuro do nosso país e a questão que se coloca é: estaremos a cuidar bem da saúde da nossa população?”, questiona Alexandra Bento, recém-eleita bastonária da Ordem dos Nutricionistas.



A bastonária reforça ainda, no comunicado, que “é necessário educar, formar e criar as condições para que os portugueses tomem decisões alimentares corretas”, o que só é possível com medidas preventivas, nomeadamente com campanhas informativas, a limitação da disponibilidade de alimentos com excesso de sal, gorduras e açúcar, a reformulação dos alimentos, a taxação de determinados alimentos e com nutricionistas no terreno.


Para a Ordem dos Nutricionistas, “o impacto financeiro que as doenças relacionadas com a má alimentação têm no Serviço Nacional de Saúde (SNS) é demolidor”, sendo que o custo anual com medicamentos antidiabéticos é de cerca de 250 milhões de euros e, com medicamentos para as doenças cardiovasculares, de cerca de 350 milhões de euros.


“Se pensarmos que o volume de encargos com este tipo de medicamentos tem tido um crescimento anual superior ao PIB, não será difícil perceber que, a menos que algo profundo seja feito, o SNS tornar-se-á insustentável”, sustenta Alexandra Bento.


A ON refere que na anterior legislatura foi criada a Estratégia Integrada para a Promoção da Alimentação Saudável, onde estiveram envolvidos praticamente todos os ministérios, mas considera que “isto não basta”.


Para a ordem, é necessário “mais ritmo e mais intensidade” e, por isso, espera que o novo Governo desempenhe um papel ativo na promoção de hábitos alimentares saudáveis.


A ON recorda que todos os dias morrem cerca de 100 portugueses devido a doenças cérebro-cardiovasculares e uma parte destas mortes poderia ser evitada através de alterações dos comportamentos alimentares, uma mudança que só pode ser realizada com uma atuação transversal em todas as políticas.



LUSA

Fonte: Sapo Lifestyle, online, 15 de outubro de 2019