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O perfil dos primeiros nutricionistas especialistas da Ordem dos Nutricionistas

O perfil dos primeiros nutricionistas especialistas da Ordem dos Nutricionistas
31 de Maio de 2021

Decorridos pouco mais de 6 meses desde o início do processo de atribuição do título de nutricionista especialista por equiparação, justifica-se uma primeira análise e reflexão sobre o perfil dos primeiros nutricionistas especialistas.


No que respeita a aspetos de natureza sociodemográfica e da distribuição por área de atuação, verifica-se uma expectável consonância com o que sabemos, em sentido lato, para a profissão. No que concerne à área de especialidade, verificam-se proporções de 54% de nutricionistas especialistas em Nutrição Clínica, 30% de nutricionistas especialistas em Nutrição Comunitária e Saúde Pública e 16% de nutricionistas especialistas em Alimentação Coletiva e Restauração. Também em harmonia com o que ocorre na profissão de nutricionista, os especialistas pela Ordem são predominantemente do sexo feminino (79%). A distribuição regional também se revela similar à encontrada pelo Observatório da Profissão da Ordem dos Nutricionistas, com uma maior concentração de nutricionistas especialistas nos grandes centros urbanos de Porto e Lisboa. A exceção observa-se ao nível etário, em que os nutricionistas especialistas apresentam uma média de idade de 44,9 (variando entre 32 e 59) anos, facto que naturalmente decorre da exigência, para a atribuição do título por equiparação, da demonstração de um conjunto de atividades na área de especialidade, apenas possíveis mediante um significativo percurso profissional.



 

No respeita ao empregador, para os especialistas em Alimentação Coletiva e Restauração predomina o setor privado, sendo que, por oposição, para Nutrição Clínica é o setor público. Na especialidade de Nutrição Comunitária e Saúde Pública os setores privados e públicos apresentam-se distribuídos de uma forma mais equitativa.


Em coerência com um dos pressupostos-base das especialidades, os nutricionistas especialistas revelam contribuir para a produção e divulgação de conhecimento diferenciado na sua área de especialidade. Destacando-se a realização de comunicações em eventos científicos e as publicações, com 84% dos nutricionistas especialistas a publicar em revistas internacionais. Releve-se o facto de estas atividades não se circunscreverem ao contexto académico, ainda que um terço dos nutricionistas especialistas tenha reportado atividade docente.


Ao nutricionista especialista exige-se a atualização e aquisição contínua de conhecimentos, que viabiliza intervenções de elevado nível de adequação e competência. Com efeito, observa-se que os nutricionistas especialistas revelam uma clara aposta na formação pós-graduada, sendo que para a especialidade de Alimentação Coletiva e Restauração é mais expressiva a aposta na formação pós-graduada e profissional, e nas especialidades de Nutrição Clínica e Nutrição Comunitária e Saúde Pública, sobressaem as formações académicas conducentes a grau.


O reconhecimento do desenvolvimento profissional do nutricionista com a atribuição do título de nutricionista especialista é, simultaneamente, a causa e a consequência do crescimento técnico e científico das ciências da nutrição. Este processo tem inerente o respeito pela complexidade e diversidade do exercício profissional dos nutricionistas, em cada uma das áreas de especialidade, e o seu fito último é promover a melhor prestação de serviços junto da população. 


Os dados reportam-se às candidaturas aprovadas nos primeiros seis meses da fase de equiparação; n = 67; análise efetuada em Maio 2021.