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Pandemia aumentou consumo de 'petiscos' com açúcar entre as crianças

Pandemia aumentou consumo de 'petiscos' com açúcar entre as crianças
31 de Julho de 2021

Durante os primeiros meses da pandemia, marcados pelo confinamento, as crianças ingeriram mais produtos açucarados do que era habitual. Mas também consumiram mais fruta fresca. As conclusões constam de um estudo que o Serviço Odontopediátrico da Lisboa (SOL), da Santa Casa da Misericórdia de Lisboa, realizou durante o período em que não pôde dar as habituais consultas gratuitas aos seus pacientes. Com base em respostas relativas a 1566 crianças, entre os o e os 18 anos, os autores do estudo concluíram que houve algumas alterações também ao nível do sono e da frequência com que se lavaram os dentes. As consequências já se fazem sentir.



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Bastonária preocupada

A bastonária da Ordem dos Nutricionistas, Alexandra Bento, olha para o estudo do SOL como um trabalho “de mérito” e que acaba por “trazer dados sobre uma percepção que já existia” do que estaria a acontecer com a alimentação das crianças durante a pandemia, mas diz que chama também a atenção para uma outra necessidade. “Devíamos ter dados a nível nacional, trazidos pelas autoridades, sobre a suposta alteração de hábitos alimentares das crianças. A DGS devia fazer um estudo nacional, à semelhança do que fez para os adultos.”


Alexandra Bento lembra que esse trabalho revelou que houve alterações dos hábitos alimentares dos adultos, quase metade para piorar, o que nos “leva a inferir” que o mesmo terá acontecido com as crianças, mas que isso não chega. “O Estado não pode ficar apenas com uma percepção ou com informação trazida por alguns estudos parcelares. É preciso que a DGS saiba dizer aos portugueses o que as crianças estão a comer e os impactos que a pandemia teve nos hábitos alimentares, para que saibamos as repercussões no peso das crianças e desenhar estratégias adequadas”, defende a bastonária, lembrando que Portugal vinha a seguir uma estratégia positiva consistente na redução do peso dos mais novos, com os valores de obesidade entre as crianças a descerem de 15% em 2008 para 12% em 2019.




Notícia actualizada com a posição da bastonária da Ordem dos Nutricionistas.​


Fonte: Público, edição online, 30 de julho de 2021