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Ordens Profissionais Criticam Política de Salários Baixos Praticada

Ordens Profissionais Criticam Política de Salários Baixos Praticada
21 de Julho de 2015

O Conselho Nacional das Ordens Profissionais (CNOP), do qual a Ordem dos Nutricionistas faz parte, enviou uma carta ao Primeiro-Ministro para denunciar as condições salariais degradantes que estão a ser oferecidas pelo Estado e por empresas privadas a licenciados.


É cada vez mais usual encontrar ofertas de trabalho no Estado para profissionais qualificados a 4 euros à hora e propostas de trabalho no privado para licenciados com um salário de 505 euros brutos, o ordenado mínimo nacional.


Perante esta situação, o CNOP - representante de 16 Ordens Profissionais e mais de 300 mil profissionais - alertou o Primeiro-Ministro para os riscos a médio prazo de uma política de salários baixos.


O crescimento sistemático da emigração de jovens qualificados terá consequências na economia portuguesa, mantendo um paradigma de mão-de-obra barata e impedindo a evolução para uma economia baseada em elevados padrões de diferenciação, inovação, qualidade e incorporação de valor acrescentado.


Os profissionais qualificados são essenciais ao desenvolvimento da economia e são também aqueles em que mais o Estado investiu na sua formação.


Para o CNOP é urgente que as autoridades tomem medidas e implementem políticas de valorização do trabalho dos profissionais qualificados e por isso partilhou a carta enviada ao Primeiro-Ministro com a Presidência da República e todas as bancadas parlamentares.


A Bastonária da Ordem dos Nutricionistas, Alexandra Bento, salienta que «no caso dos membros da Ordem dos Nutricionistas, temos assistido a situações em que os valores pagos aos jovens licenciados não são minimamente razoáveis».


A Ordem dos Nutricionistas tem levado a cabo as devidas diligências no sentido de pressionar o Estado para a criação de postos de trabalho e de condições laborais ajustadas aos profissionais que se encontram exercer no setor público.


«Não queremos ver os nossos jovens a serem forçados a emigrar porque o seu país natal não lhes oferece as condições mínimas exigidas, sobretudo perante uma formação académica de elevada qualidade como a que Portugal tem para oferecer", lamenta Alexandra Bento, justificando que "é por isso que as Ordens Profissionais se têm unido para conseguirem alertar os órgãos de soberania e a sociedade para a urgência de reverter este cenário».


Alexandra Bento afirma ainda sentir-se indignada, em nome dos membros da Ordem dos Nutricionistas, quando se depara com anúncios que exigem o 12.º ano e que destacam a "licenciatura em Nutrição ou Dietética" como "fatores preferenciais", quando a licenciatura e a inscrição na Ordem dos Nutricionistas são requisitos legais obrigatórios para exercer a profissão. Alexandra Bento realça que a Ordem dos Nutricionistas tem desenvolvido um intenso trabalho no combate ao exercício ilegal, que pretende incrementar, remetendo as situações denunciadas para Ministério Público.