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Bebés com baixo peso à nascença são prioridade na Saúde

Bebés com baixo peso à nascença são prioridade na Saúde
02 de Novembro de 2019

Portugal tem "9% de bebés com baixo peso à nascença, acima da média dos países da OCDE de 6%, sendo motivo de problemas de saúde para a vida", por isso, justificou António Lacerda Sales, a Secretaria de Estado da Saúde vai empenhar-se no problema, com "acompanhamento da grávida, desde a nutrição a outros fatores de risco".



O Governo quer apostar na prevenção da saúde, por isso está a "estudar" o alargamento da taxa do açúcar a novos alimentos e a criação de taxas sobre as gorduras, bem como a implementação da já aguardada taxa sobre o sal. Com 389 nutricionistas no Serviço Nacional de Saúde (SNS), e com a abertura de concurso para mais 40 profissionais, o secretário de Estado da Saúde acredita que está "dado o sinal" do empenho do Executivo na prevenção. A bastonária da Ordem dos Nutricionistas, Alexandra Bento, pediu mais: profissionais nas escolas e nas autarquias e a obrigatoriedade nos lares de terceira idade.


"O Governo está consciente que ainda há muito a fazer", admitiu António Sales, o novo secretário de Estado da Saúde, no primeiro evento público do mandato. Na tomada de posse da bastonária da Ordem dos Nutricionistas, esta sexta-feira, no Porto, Sales garantiu que será reforçada a "estratégia de promoção da alimentação saudável" como forma de prevenção, assegurando que está a ser estudada a implementação da taxa do sal, a par do alargamento da taxa do açúcar a outros produtos e da criação de uma taxa para as gorduras.


"Gostaríamos de reduzir o sal na sopa, mas ainda não sabemos como podemos fazê-lo e é preciso cautelas porque a redução do sal pode implicar com outras questões de saúde, como a resistência à insulina", explicou, sem garantir que tal trabalho esteja feito a tempo do próximo Orçamento do Estado.


Alexandra Bento referiu que "existem apenas dois nutricionistas nas escolas públicas em Portugal", onde uma em cada dez crianças tem excesso de peso e uma em cada dez tem já obesidade, reforçando o apelo à introdução de nutricionistas nas escolas e nas autarquias.


A bastonária reforçou a urgência de "uma estratégia continuada" que inclua a nutrição no SNS e ajude a combater o binómio da pobreza e dos problemas alimentares. E citou outro indicador: "Estamos abaixo da média dos países da OCDE em gastos do Estado na prevenção".


O Programa Nacional para a Promoção da Alimentação Saudável, criado em 2017, no mesmo ano em que foi criada a taxa sobre o açúcar nas bebidas, é um princípio. Mas "é preciso apostar na literacia alimentar" e a "receita adicional da taxa do açúcar deveria ser investida na promoção da alimentação saudável".


Os idosos institucionalizados são o grupo com maiores carências nutricionais no país, pelo que a Ordem vai lutar pela presença "obrigatória de nutricionistas nas instituições", onde apenas 174 profissionais orientam as refeições.



Fonte: JN, online, 2 de novembro de 2019